Testemunhos
SAD Tejo
Num sobe e desce constante de ruas e escadas, em turnos rotativos que completam o horário total de funcionamento do serviço, as auxiliares de geriatria e apoio à comunidade, correm contra o relógio para conseguir chegar aos cerca de 200 utentes, sobretudo pessoas idosas, numa área geográfica que abrange três das 24 freguesias da capital: Misericórdia, Santo António e Estrela.

"Quando elas entram aqui, é um anjinho da guarda que entra"
Utente SAD Tejo, de 72 anos,
"Tem de me lavar, tem de me vestir, tem de me dar de comer. O que eu era e o que eu sou agora. Só tenho medo de noite e quando estou sozinha"
Utente SAD Tejo, de 90 anos
"Cumpre-me reconhecer e agradecer o trabalho que todas as pessoas Da Santa Casa da Misericórdia, envolvidas na prestação de cuidados à minha mãe exerceram.
Agradecer a todas as cuidadoras, as muitas, cujos nomes omitirei para não ser injusto, que permitiram que a minha mãe permanecesse na casa onde viveu grande parte da sua vida. Agradecer particularmente àquelas que, nos últimos anos garantiram que ela tinha os cuidados essenciais, uma vez que foi ficando progressivamente mais dependente de uma mão amiga, carinhosa e caridosa.
Devo também enaltecer todas as cuidadoras que, nas circunstâncias que atravessamos, continuam de forma corajosa, a ser uma luz nos dias ensombrados de tantos necessitados.
Assim, é este o reconhecimento possível mas sincero e profundamente grato, de um filho que viu a sua mãe cumprir o seu percurso, após atingir a bonita idade de 90 anos. Sozinho não teria conseguido. A Santa Casa da Misericórdia é uma instituição meritória e continuará a ser mas, graças às pessoas que por lá passam."
Familiar de utente SAD Tejo
"Dra, estamos também a contactá-la para lhe referir que estamos muito satisfeitas com a sua colaboradora, que dá apoio ao meu pai no turno da noite. Conseguiu ter a empatia do meu pai, mostra-se atenciosa com ele, é profissional e atenta aos detalhes.
Muito obrigada, "
Familiar de utente SAD Tejo
"No início deste ano por questões de saúde, a minha mãe teve que deixar a casa dela para vir viver comigo. A situação foi piorando, principalmente em relação à mobilidade e fui obrigado a recorrer ao apoio do Serviço Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Já conhecia o trabalho destas. Efetivamente são muitos os riscos a que estão expostas(…), mas nota-se que estes são de alguma forma minimizados devido ao apoio, formação e informação que lhes é dado pelas equipas Coordenadoras SAD.
Não me canso de agradecer o trabalho de toda a equipa da SAD TEJO(…..)pelo excelente trabalho que realizam diariamente com as AGAC's e também de com os utentes.
PARABÉNS pelo excelente trabalho que fazem ao serviço dos mais vulneráveis.
Um BEM HAJA a todos"
Familiar de utente SAD Tejo
"Venho por este meio, apresentar o meu mais sincero agradecimento pela forma como foi prestada assistência á minha querida madrinha A.R.M.G. Pinto, durante os 15 anos finais da sua vida. Não só pelo serviço em si, mas também pela forma cuidada e terna como o mesmo era proporcionado.
A Dra. Edna sempre disponível e pronta a apresentar soluções e melhorias, como cama articulada, colchão anti-escaras, utensílios para lavagens, alimentação etc.
As assistentes, que foram muitas durante estes anos, sempre carinhosas e preocupadas. Uma delas, a C.S. ,três dias antes do falecimento, quando chegou lá, á hora do almoço (eu estava presente) trazia-lhe dois pastéis de bacalhau que fizera em casa, pois sabia que ela gostava muito! São gestos destes, que noutras alturas e por outras assistentes já tinham acontecido, que não têm preço. Assim como, tanto ela como a C. terem estado presentes na igreja na despedida da nossa "Princesa".
Por tudo isto, não podia deixar de apresentar á vossa excelente associação o meu MUITO OBRIGADA assim como a tantos dos vossos/vossas colaboradores.
Os melhores cumprimentos"
Familiar de utente SAD Tejo
"Quero mais uma vez e nunca será demais, agradecer toda a dedicação, compreensão e disponibilidade que me demonstraram neste momento tão difícil que estou a passar com a minha mãe. Confesso que achava que estaria preparada para algum dia acontecer o que aconteceu ( a queda das escadas) mas está a ser muito complicado lidar com esta situação.
Tenho consciência que tenho chateado muita gente e insistindo muito, mas tudo isto é novo para mim e recorro a todos os meios que me dizem que devo recorrer. Sei que posso confiar (…) para que me ajudem a atravessar este mar de tormenta.
Grata por tudo, muitas felicidades e muita saúde"
Familiar de utente SAD
"Conforme está o vírus, neste momento, se nós não viermos a casa dos utentes, há pessoas que não comem, não fazem a higiene, porque não têm como".
"Corremos imenso para poder estar nos apoios todos que damos, mas é um trabalho de que gosto, é bonito e estamos sempre prontas para ajudar os nossos utentes",
"Ainda que o trabalho possa ser um bocado pesado, o que lamento mais é o tempo muito limitado, sobrando poucos minutos para conversar com quem mais precisa".
Testemunhos de AGAC's (reportagem JN, abril 2020)